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Domingo 20 de dezembro Mesas Programação

Quadrinhos a partir de Africa

Domingo – 20/12 – 17h

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Aires Melo é natural da Ilha da Boavista, Cabo Verde. Desde muito pequeno se interessou pela arte de desenhar. É autodidata e vive em Castelo Branco, Portugal. É artista de histórias em quadrinhos, ilustrador, artista plástico e faz isso há mais de 15 anos. Experimental, tenta criar sempre algo novo e interessante em cada trabalho. As técnicas que mais utiliza são o carvão, grafite e a tinta da China (nanquim), que vem sendo cada vez mais predominante em seus trabalhos, tanto de HQs quanto ilustrações e pinturas de quadros.

Malika Dahlil é considerada pioneira no mercado de quadrinhos de Marrocos. Hoje, mora em Manaus, na região Norte do Brasil. Seu envolvimento com as artes começou cedo. Estudou artes plástica na instituição Lycée Mohammed V, em Essaouira. Mais tarde, ingressou na Ecole des Beaux-Arts de Casablanca. Lá, conheceu o artista Jean-François Chanson, que apresentou o mundo dos quadrinhos e a envolveu em projetos de cartunistas europeus, de Marrocos e da África. Seu primeiro trabalho foi publicado em uma história em quadrinhos intitulada “La traversée : dans l’enfer du h’rig”. Mais tarde, publicou Switchers, Jouj Opostos, Le Cauchemar de Mehdi, Lendas e atualmente trabalha como cartinusta no jornal “Em Tempo”,

Tche Gourgel nasceu em 1975, na cidade de Luanda, capital de Angola. Estudou História das Artes, Teoria do Design e Técnicas de Expressão e Prácticas de Representação no Curso de Artes Visuais, em Lisboa, nos anos 1980. Foi quando se encantou pelas histórias em quadrinhos. Ganhou dois Prêmios de Cartoon do Diário de Notícias e fundou o movimento artístico Aurora, que publicava HQs com personagens próprios. Após participar de exposições, fundou a empresa Central de Ideias, que geriu até 2012. Mais tarde, ajudou a criar o Festival Internacional de Banda Desenhada e Animação de Luanda, que já tem 14 anos e venceu o Prêmio Nacional de Cultura e Arte, em 2016, na categoria Artes Plásticas. Participou da revista Barata e do fanzine BDLP, que foi premiado no Festival Internacional de Banda Desenhada , em Amadora (Portugal), em 2013, no HQMix e recebeu menção Honrosa em Angoulême.

Márcio Rodrigues é historiador e pesquisa quadrinhos como fonte histórica. É doutorando em História Social da Amazônia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Mestre em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e licenciado em História pela mesma instituição (2007). Foi entre os anos de 2018 e 2020 professor substituto da graduação em Licenciatura Interdisciplinar em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), primeira e única graduação do país dedicada inteiramente à temática de África e das relações com o Brasil. Atualmente é pesquisador do Interdisciplinar em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros, onde idealizou a linha de pesquisa Linguagens e Africanidades. Além de capítulos e participação em livros teóricos sobre quadrinhos, ministra regularmente cursos teóricos sobre os usos e possibilidades dos quadrinhos na pesquisa histórica. Atualmente tem desenvolvido pesquisas e cursos sobre a representação da Amazônia nas HQs e ministrado um curso sobre quadrinhos produzidos por autores e autoras do continente africano.